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Capítulo 5
Traumatismos músculo-esqueléticos

. Antes de aprofundar mais este tema convém que especifiquemos a nomenclatura que se utiliza para referenciar os diferentes tipos de lesões.

- Fractura: Lesão do osso.

- Luxação: Lesão articular.

- Entorse: Lesão ligamentosa.

- Contracção: Lesão muscular.

- Ruptura fibrilar: Pode ser muscular ou tendinosa. Pode aplicar-se também a uma lesão ligamentosa, se bem que neste caso seja preferível a utilização do termo entorse.

AS LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉCTICAS RARAMENTE CONSTITUEM UMA ÚRGÊNCIA VITAL.
UMA FRACTURA PODE ESPERAR. 
AS VIAS RESPIRATÓRIAS, NÃO.

. O princípio fundamental no tratamento das lesões músculo-esqueléticas já se mencionou antes: apesar do aparato que podem apresentar em ocasiões raramente são um perigo imediato para a vida.

Como sempre, a nossa atenção deve ser dirigida, em primeiro lugar, para: 

- Assegurar a permeabilidade das vias respiratórias.

- Assegurar uma respiração adequada.

- Manter a circulação.

- Controlar a hemorragia externa.

Para o transporte deve realizar-se uma imobilização adequada. Quando um paciente com múltiplas fracturas requer um transporte imediato, o melhor método de imobilização constitui uma tala de imobilização espinal larga; para estas situações, pode utilizar-se perfeitamente a maca de colher.

FRACTURAS

. Uma fractura é uma perda da continuidade óssea. Podem ser fechadas, enquanto a pele que cobre a zona da fractura está intacta, ou abertas, nas quais há uma solução de continuidade com a pele.

As fracturas abertas têm maior risco de complicações que as fechadas fundamentalmente a hemorragia e a infecção. 

. Os sinais e sintomas mais frequentes das fracturas são os seguintes:

- Dor: É o sintoma principal, geralmente referido ao ponto da fractura.

- Deformidade: A melhor maneira de detectar a deformidade ou anormalidade de uma extremidade é comparando-a com a outra.

- Encurtamento: Só se produz quando as extremidades do osso se sobrepõem.

- Inflamação: Resulta tanto na hemorragia como no edema.

- Impotência funcional: O paciente tenta manter a zona imóvel, para que não doa, e, portanto, não o utiliza. 

 

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