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Capítulo 9
Assistência Médica em acidentes de viação
Actualmente, com o de três pontos de apoio, as
lesões são menos frequentes e produzem- se quando o cinto está mal
ajustado e alto, não apoiando a faixa inferior transversal nas
ancas.
- Indirectos, por exemplo as lesões cervicais por mecanismo de
"chicotada" ou as lesões por mecanismos de aceleração/
desaceleração, através do qual aumenta enormemente o peso das
vísceras, de tal forma que pode atingir 20 vezes mais que o peso
normal no caso de um choque de um veículo a 60 Km./h.
Uma paragem brusca a 60 Km./h. equivale a uma queda de 10 metros,
enquanto se for a 150 Km./h. a queda equivalente seria de 88 metros
de altura.
Assim se produzem dilacerações hepáticas (do fígado) e esplénicas
(do baço), por ruptura das fixações ligamentosas viscerais.
2.- Traumatismos abertos:
Feridas abertas com ou sem corpo estranho e com uma hemorragia mais
ou menos importante, dependendo da localização.
3.- Esmagamentos.
. Perante um acidente de viação, deveremos fazer sempre uma
verificação prévia para excluir a existência de perigos eminentes,
tanto para a vítima como para o socorrista (perigo de incêndio ou de
explosão, colisão com outros veículos, etc.).
Uma vez excluído isto, a nossa sequência ou pauta de actuação deverá
ser a seguinte:
I.- Avaliação inicial do acidentado, controlando a sua consciência e
as suas funções vitais, como já se explicou em capítulos anteriores.
2.- Pôr em marcha as manobras de reanimação pertinentes, em função
do que for necessário depois de realizada a avaliação inicial.
3.- Realizar uma avaliação secundária das lesões que o acidentado
apresenta, depois de termos estabilizado a sua situação bemodinâmica
e respiratória.
4.- Proceder à imobilização correcta do acidentado que permita o seu
transporte sem riscos acrescidos, para que receba tratamento médico
específico em meio hospitalar.
LESÕES MAIS FREQUENTES
Traumatismos cranioencefálicos
Nos países ocidentais constituem a principal causa de morte na
população entre os 25 e os 45 anos de idade, estando relacionados,
na maioria dos casos, com acidentes de automóvel ou de mota.
Considera-se, no entanto, que cerca de 40% destes pacientes teriam
sobrevivido com uma correcta assistência. A avaliação inicial e
anamnésia é muito importante. Com ela se averigua, se for possível,
as circunstâncias em que o acidente teve lugar, a evolução clínica
desde o momento do traumatismo e a existência de antecedentes
médicos que possam contribuir para o quadro clínico do paciente.
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