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Capítulo 7
Outros traumatismos
. A conduta terapêutica perante este tipo de
paciente deve começar, como já vem sendo habitual, pela avaliação e
restabelecimento das funções cardíaca e respiratória.
- Em caso de hemorragia externa visível, proceder à sua detenção com
as medidas que já foram explicadas.
- Se suspeitarmos de hemorragia interna actuaremos para prevenir ou
retardar o aparecimento de choque (figura 7.2).
- No caso de existirem corpos estranhos penetrantes no abdômen, não
extraí-los nunca. Imobilizá-los adequadamente para que durante o
transporte não se movam e possam agravar mais a lesão e proceder ao
transferência urgente da vítima.
- No caso de evisceração abdominal (saída de ansas intestinais fora
do abdômen) não reintroduzi-las nunca. Cobri-Ias com compressas
limpas ou, de preferência, esterilizadas humedecidas em solução
salina também esterilizada e transportar para um Centro Hospitalar.
NÃO REINTRODUZIR NO ABDÓMEN ANSAS INTESTINAIS EVISCERADAS.
COBRI-LAS COM COMPRESSAS LIMPAS E TRANSPORTAR O PACIENTE. |
Nos politraumatizados, os traumatismos abdominais são prioridade de
"2ª linha", ainda que não isentas de gravidade pois podem passar
desapercebidas entre O perigo de morte que supõem as urgências
vitais (paragem cardíaca) e o aparato das lesões de "3ª linha" (por
exemplo, uma fractura aberta).

Figura 7.2. Sinais clínicos de choque: (A) A pele está pálida,
fria e suada. A vítima está confusa, com ansiedade. Se está
consciente queixa-se de ter sede, ainda que ao mesmo tempo
possa referir náuseas e inclusive vomitar. (B) O pulso está,
habitualmente, rápido e débil. (C) Um sinal tardio é a descida
da pressão arterial. |
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