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Capítulo 6
Traumatismos cranioencefálicos e da coluna vertebral
. Quando as circunstâncias do acidente sugerem
possibilidade de lesão da coluna vertebral, o mais importante será
manter a cabeça, o pescoço e o tronco em posição neutra (evitando a
flexão, extensão e movimentos laterais), formando um eixo rígido .
SUSPEITAREMOS DE LESÃO DA COLUNA VERTEBRAL EM:
- Acidentes de viação.
- Traumatismo por mergulhos na água.
- Saltos ou quedas de grande altura.
- Lesão grave por cima das clavículas.
- Traumatismos por esmagamento.
- Lesões pela acção de radiação.
- Lesões por arma de fogo.
- Politraumatizados.
- Acidentados inconscientes. |
- Se o paciente está inconsciente, a prioridade será, como sempre,
assegurar a permeabilidade das vias respiratórias. NÃO HIPERESTENDER
O PESCOÇO. Utilizar a sub-luxação anterior da mandíbula.
- Avaliar a respiração. Se está débil ou su- perficial, realizar
respiração artificial.
- Proceder a uma rápida avaliação da circulação.
. Depois das medidas de primeira urgência descritas e com a vítima
adequadamente estabilizada, haverá que executar as seguintes
actuações:
- Cobrir as feridas e imobilizar as fracturas, se é que existem.
- Cobrir a vítima com uma manta, especialmente se há sinais de
estado de choque.
- Imobilizar numa maca de colher ou dispositivo similar antes de
transportar a vítima.
IMOBILIZAÇÃO Do PESCOÇO
. Para a imobilização da coluna cervical o método mais habitualmente
utilizado é a aplicação de um colar cervical. Existe uma infinidade
de modelos, com certas características diferenciadas entre eles, mas
todos com o mesmo fundamento e finalidade: evitar a flexão,
extensão, rotações e inclinações laterais do pescoço,
proporcionando, por sua vez, uma ligeira tracção axial do mesmo.
O colar cervical, por si só, não proporciona uma imobilização
completa da cabeça e do pescoço do paciente. Deve usar-se, somente,
como uma ajuda para a estabilização manual dos mesmos até que o
paciente, esteja adequadamente seguro para a sua mobilização e
transporte.
. Vamos referir brevemente a técnica de colocação de um colar
cervical articulado no Departamento de Bombeiros da Comunidade de
Madrid (figura 6.6).
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