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Capítulo 6
Traumatismos cranioencefálicos e da coluna vertebral
Grau I: O acidentado está confuso, desorientado.
Pode haver uma certa instabilidade na marcha, mas não haverá amnésia
nem perda de conhecimento. O mesmo sujeito pode ser descrito como
"estar sonolento".
O mais habitual é que em 10- 15 minutos recupere e se sinta mais ou
menos bem. No entanto, se aparecerem tonturas, dor de cabeça,
fotofobia (aumento da sensibilidade ocular à luz) ou instabilidade
emocional, deverá permanecer em repouso até ao desaparecimento dos
mesmos.
Grau II: Caracteriza-se pela confusão associada à APT. Os sintomas
descritos anteriormente estarão também presentes. Estes lesionados
devem permanecer em repouso e requerem ser analisados por um médico.
É frequente que apresentem dores de cabeça, irritabilidade e
incapacidade de concentração durante várias semanas depois do
traumatismo.
Grau III: Além dos sintomas anteriores caracteriza-se por
associar-se com AR. Neste caso deve ser transportado para um Centro
Médico e adequadamente observado.
Com frequência está desorientado e é incapaz de andar por sentir
tonturas ou marcha instável. Requere avaliação posterior de um
Neurologista para avaliar possíveis danos.
Grau IV: O indivíduo está em coma paralítico, se bem que
habitualmente se recupera em poucos minutos, passando pelas fases do
estupor e confusão antes de recuperar-se totalmente. Se a perda de
consciência se prolonga mais de uns poucos minutos, o paciente deve
ser transportado imediatamente para um hospital.
Como é lógico, perante um sujeito inconsciente devemos pôr em marcha
os mecanismos de R.C.P. anteriormente descritos, de acordo com as
necessidades do pacientes.
Grau V: Produz-se um coma paralítico associado a paragem
cardiorespiratória, devendo instaurar-se imediatamente os
procedimentos de R.C.P..
. Como em qualquer outro paciente, os primeiros socorros do
traumatizado eranioeneefálico começam com o ABC:
- A) VIAS RFSPIRATÓRIAS:
Se está inconsciente a permeabilidade das vias respiratórias está em
perigo. Ter sempre presente a possibilidade de lesão da coluna
cervical na hora de realizar as manobras de abertura das vias
respiratórias.
Há que assegurá-la, portanto, mediante manobras que não
hiperestendam o pescoço (subluxação mandibular ou elevação do
mento).
Vigiar a obstrução por vômito, sangue ou corpos estranhos fazendo
uma rápida inspecção à boca do paciente.
TODO O PACIENTE COM TRAUMATISMO CRANIANO DE CERTA IMPORTÂNCIA TEM
UMA LESÃO DA COLUNA CERVICAL, ENQUANTO NÃO SE DEMONSTRAR O
CONTRÁRIO.
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