Na cidade de Tomar, a palhaçada contiua

 

E a palhaçada continua. O que se está a passar em Tomar, com certos indivíduos, a propósito da ATCB DX, é o exemplo vivo de tudo o que não é desejável no convívio entre pessoas que se dizem cebeístas.

Vou tentar dar uma pálida opinião sobre estes acontecimentos, porque desde 1998 que acompanho, com o devido afastamento, a vida associativa da ATCB DX. Já nessa época, existiam fortes incompatibilidades entre alguns elementos directivos. Só que em 2002 o problema agravou-se. Lamento dizer que todos estes desagradáveis acontecimentos podiam ter sido evitados, se certas pessoas não fossem tão estupidamente teimosas ao não aceitarem alguns conselhos.
Quando alguém se convence que é o dono da verdade, não há nada a fazer.

Ao fim de 35 anos de CB, sinto-me farto e cansado de ver tanto divisionismo e tanta mentira. Acabem lá com essa treta dos “27 mil amigos” e ponham a cabeça no lugar. Façam rádio CB, comam um bom petisco, bebam um bom vinho tinto e ponham fim à farsa das Associações de CB que só vos levam ao desentendimento e à vergonha.
Nesta grande rebaldaria, todos são culpados. Não há aí ninguém que tenha autoridade moral, ou de qualquer espécie, para apontar culpas ou descréditos seja a quem for.

Todos querem ser reconhecidos como Presidentes ou Directores, mas essa mania só vai criar desunião e inimizades. Deixem-se dessas parvoíces de andar de ”penacho”.
Por experiência própria, cheguei à conclusão que não podemos acreditar nas pessoas que nos prometem ajuda e colaboração para concretizarmos os projectos que idealizámos. Até existem pessoas bem intencionadas que seriam bons colaboradores, acrescentando mais-valia ao trabalho que há a desenvolver, não só na secretaria, como nas actividades no exterior. Mas devido às contingências da vida, não nos podem acompanhar. Mas não é desses que eu falo.
Refiro-me àqueles que nos deixam sozinhos, quando faltam às promessas de ajuda e colaboração no trabalho que é necessário, para manter, minimamente, uma Associação a funcionar. Porque criar uma Associação é fácil. Basta três pessoas e algum dinheiro, para mandar elaborar uma escritura notarial.
O grande problema é manter uma Associação a funcionar dentro da Lei e com actividade contínua e reconhecida pelo Estado, o que é raríssimo acontecer.
Em termos da Banda do Cidadão em Portugal, só há uma Associação a funcionar nestas condições. São “Os Marafados CB Clube” de Portimão. As restantes, umas só existem no papel e outras não passam dum grupo de amigos que se juntam para falar na rádio, conviver e fazer um pic-nic. Actualmente, e meditando um pouco sobre o estado a que se chegou na Banda do Cidadão, penso que o melhor é mesmo só fazer rádio e um pic-nic. Assim, evitam-se problemas, confusões e complicações.

Por não terem o número mínimo necessário de colabores, para cumprir a sua função, algumas Associações de CB ficam dependentes da vontade e de algum dinheiro despendido por um, ou dois dos seus elementos mais activos, tentando cobrir as despesas de secretaria e não só.
A funcionar nestas condições, ninguém tem o direito de “atirar pedras” àquele, ou àqueles que estão a dar o seu melhor para que, pelo menos, mantenham vivo o nome e o espírito da Associação, promovendo actividades relacionadas com as intenções expressas nos seus Estatutos.
Apesar de legalizada, uma Associação a funcionar assim, não tem condições objectivas para se considerar dentro do espírito da Lei, estando impedida de proceder a actos oficiais e oficiosos. Actua somente a nível extra-oficial. Nesta situação, não podem beneficiar das ajudas oficiais quando organizam actividades rádio, ou outras no âmbito para que foi criada. Há certas autarquias que ainda dão alguma ajuda, mas não é nada comparado quando uma Associação está devidamente constituída e com toda a documentação em dia. Nos tempos que correm, com a crise instalada a todos os níveis, não se pode contar com ajudas. Mesmo as Associações que têm direito a recebê-las

Péssimo, e quase criminoso (ou será mesmo crime?), é quando certas pessoas se aproveitem do total, ou quase total esvaziamento dos associados de determinada organização, para transformá-la numa coutada sua. Com que intenções? Há por aí alguns que sabem, muito bem, não só das intenções, mas também dos objectivos e dos proveitos resultantes da forma como esses espertalhões controlam a “coisa”. É tudo a seu bel-prazer, pois claro. Estão sozinhos…
Quem são os grandes culpados desta fantochada?
São os que mais falam, mas nada fazem. O que sabem fazer é insultar e caluniar. Cambada de cobardes sem coragem para dizer, não nas costas, mas sim na cara dos que lá estão, o que pensam.
Com este cenário, estão criadas todas as condições para haver uma constante guerrilha entre uns e outros. Transformaram as Associações em armas de arremesso, e não há forma de inverter o processo.
As Assembleias-gerais, convocadas sem nenhuma base legal e nada credíveis, nunca irão resolver os vastos problemas criados por quem pouco, ou nada fez pelas Associações, sendo co-responsável pelo seu descrédito e destruição.
Quem vai pegar numa Associação destruída e saqueada? As pessoas não querem responsabilidades, trabalho e muito menos envolverem-se em guerras que não lhes dizem respeito.
Os protagonistas desta novela têm demonstrado, ao longo dos anos, uma verdadeira capacidade para promover a hipocrisia, o cinismo, a mentira e a falta de respeito pelo semelhante.
Já seria altura para acabarem com esta regabofe miserável! Tenham vergonha!

A morte do Amigo Magalhães, estação Raio Azul, dos Riachos - Torres Novas, em 27 de Abril do passado ano de 2012 e consequentemente o afastamento, da frequência, de pessoas que eu muito considerava e continuo a considerar, abalou-me de uma forma que, nem eu, estava à espera.
Aquela vontade, que tinha, de ir para uma serra e fazer rádio durante um fim-de-semana, por vezes em condições nada aconselháveis, perdeu-se um pouco e a minha motivação diminuiu.
O desaparecimento de um bom Amigo, homem sério, responsável, conciliador e militante convicto dos 27MHz, fez com que eu, ainda hoje, sinta que se perdeu qualquer coisa no convívio entre cebeístas. Com os seus naturais defeitos que todos nós possuímos, devido à condição humana, tinha três qualidades que actualmente são muito raras de encontrar e pouco praticadas. Era um homem sério, responsável e conciliador, como já referi.
No pouco tempo que tive o privilégio de conviver com ele, particularmente em algumas activações rádio CB e diversas reuniões, a sua atitude sempre se pautou pela cordialidade e vontade de ceder, quando concluía que a razão nem sempre estava com ele. Não era o tão vulgar estúpido teimoso que sustenta uma pura mentira, reconhecida por todos, para manter a sua posição de palerma chico esperto. Algumas vezes estivemos em desacordo, mas sempre chegámos a um entendimento. Mas a vida é mesmo assim. Há que lutar e caminhar em frente.
Este grande cebeísta foi um exemplo que devia ser seguido por alguns que por aí andam. Com diz o ditado popular: “o pior cego é o que não quer ver”

Luís Forra
6 de Março de 2013

 

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