
A BANDA MALDITA
Quem, por vezes, escuta uma, ou outra frequência da banda amadora utilizada por determinados radiotelefonistas de VHF, tem a percepção de estar a ouvir um diálogo, não um QSO, entre indivíduos mentalmente afectados numa sessão de terapia de grupo. As bazófias e o destilar do ódio pelos 27MHz é tanto, que até já apelidam a Banda do Cidadão de “BANDA MALDITA”. Coitadinhos! Como a memória é tão curta, esquecendo-se que foi nessa “banda maldita” que, a maioria deles, se iniciaram. Já não tem qualquer interesse falar sobre o tema pois já foi demasiadamente dissecado. Mas o repugnante, é concluir que ainda existem, poucos, mas existem alguns charlatões que teimam, a todo o custo, “vender” um subproduto duma coisa que foi estragada por muitos deles. Agora, de papo cheio de moralidade bacoca e sapiência serôdia querem limpar-se da coisa malcheirosa (não recorro ao português vernáculo para não descer ao lugar onde eles se encontram e devem permanecer) que produziram quando utilizavam o CB. Agora para eles, a “BANDA MALDITA”.
Tanta petulância para quê? Àquilo que essa gentinha chama QSO, indicativos é raro ouvirem-se. Sobremodulações para criticarem cobardemente quem está a transmitir é o dia-a-dia. Temas de conversa (não de QSO), limitam-se ao culto da personalidade, à técnica do costume, dizer mal de tudo e de todos, especialmente do CB. Alguém que queira participar naquela verborreia, só entra se os censores o consentirem, porque se fôr alguém que não leia pela mesma cartilha, fica à porta. E há mais… Sou ouvindo, é que se tem uma noção do grotesto e supérfluo "daquilo" tudo!
Aqui pela grande Lisboa, onde estes cromos têm poiso, a sua maneira de “fazer” radiotelefonismo é sobejamente conhecida.
A sorte destes radiotelefonistas é a ANACOM proceder com a banda amadora de VHF como procede com o CB: não lhes liga nenhuma! Se a entidade da tutela fizesse escuta às “charlas linguistas radiofónicas” produzidas por estes palradores “amadores” e aplicasse a lei na sua plenitude, lá teríamos que escutar estes palermóides a “radiotelefonar” em PMR446.
Perdoem-me este pequeno desabafo, mas se há coisas que não suporto é a estupidez humana, a cobardia e que um punhado de parasitas e oportunistas, tentem agora denegrir a Banda do Cidadão com argumentos gerados pelo facilitismo e abandono vil dos que, quando lá estavam, ajudaram a destruir o CB. Agora, não satisfeitos com todo o mal que provocaram, ainda têm a pouca-vergonha vir para a praça pública transformados em vítimas e inquisidores, arrotando indicativos de CT-qualquer-coisa com hálito fétido vindo do local onde deveria estar um cérebro em vez de uma fossa séptica.
A Banda do Cidadão não é uma “Banda Maldita”. É sim, uma “Banda Mal Amada” que eu, enquanto puder, defenderei, divulgarei e dignificarei o bom que resta dela. Porque a talhada fétida do CB deixo-a aos detractores para nela se afogarem.
Nada do que escrevi é dirigido aos muitos e verdadeiros radioamadores que existem e que, de alguns, sou bastante amigo. O que escrevi, dedico sim, aos bimbos que ainda não se convenceram que “o maior cego, é o que não quer ver”.
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Luís Forra
10 de Junho de 2008
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