ELES, QUE TANTO NOS DETESTAM, NÃO DESISTEM DE FALAR EM NÓS

É curioso ouvir alguns QSO’s nas frequências, em directo, de VHF - banda de amador, aqui na margem sul do Tejo, quando o tema é a Banda do Cidadão.
Excluindo algumas barbaridades e insultos velados em relação à Banda e seus utilizadores, é curioso notar a ignorância de alguns radioamadores em relação aos actuais acontecimentos relacionados com a aplicação da legislação do CB.
Não é de admirar que assim seja, pois tal tema - a Banda do Cidadão - em certas “tertúlias” radiofónicas, se proibido não é, pelo menos não é nada recomendável. Assim, temos ouvido uma série de atoardas em relação à Banda do Cidadão, que é de bradar aos céus.
Palermices como aquela que “o CB ir acabar em Portugal”, até à preparação que a GNR está a levar a efeito na entrada da Ponte de 25 de Abril, para “caçar” os camionista, passando pela bacorada que o SSB (banda lateral) vai deixar de ser permito, são os “mimos” que alguns radioamadores têm feito à Banda que nós utilizamos. É divertido escutar certas “directas”, porque em repetidor não se atrevem a comentar esta matéria. Por medo? Cobardia?

Só entendo que hajam duas razões pelas quais o CB possa ser tema em determinados QSO’s de certos radioamadores. Com intenção depreciativa, de dizer mal só por dizer, ou então como terapia para disfunções do fórum psicológico. Porque não são nos “amiguinhos” de QSO que se descarrega o stress e as más disposições resultantes do puxão de orelhas dado pelo patrão, da inveja que lhe subiu à cabeça porque o vizinho comprou um carro novo, precisamente o que ele gostaria de ter, ou então dos conflitos internos provocados pelas negas matrimoniais…
É necessário lembrar que, alguns dos que debitam estes disparates, iniciaram-se na Banda do Cidadão. Mais tarde, foram “forçados” a abandoná-la porque se sentiram mal com o ambiente criado pela entrada de milhares de pessoas indesejáveis, devido à vergonhosa linguagem empregue em frequência. Não esquecer que para tal acontecer, deve-se à cumplicidade da entidade da tutela e ao virar de costas, dos que de início lutaram pela legalização do CB em Portugal.
Onde estão os retornados de África, todos CT4’s, que foram, excepto alguns cebeístas piratas, os pais da Banda do Cidadão em Portugal? E algumas excepções, onde estão elas? E os “velhinhos” que aparecem após a legalização da Banda no ano de 1978?
Uns morreram, outros continuam a ser, exclusivamente, radioamadores e os restantes, radioamadores são. Os raros “velhinhos” que têm resistido a tudo e a todos, tentando defender e dignificar a Banda do Cidadão, observando o percurso de alguns “envergonhados”, continuam a ser cebeístas convictos, apesar que terem também um indicativo de rádio amador.

Para terminar, gostava de perguntar ao Vítor Costa, ex-estação CB “Peggy” - Amora - Seixal, radioamador CT2HEC, onde se baseia para afirmar, em QSO, que, “…agora com esta legislação é que a Banda do Cidadão vai acabar.” Será uma simples dedução? Será uma afirmação sustentada? Ou será uma conclusão precipitada devido à ignorância dos conteúdos do Decreto-Lei nº 47/2000 de 27 de Março e respectivo Aviso publicado no Diário da República nº 138/2000 (III série), de 16 de Junho.
Para informação deste, e de todos os ex-cebeístas, esta legislação não é de agora. Já tem 6 (seis) anos. Se o CB tivesse que acabar, já tinha acontecido há muito tempo.
Para determinada camada de radioamadores, felizmente que não são todos onde se inclui o Vítor Costa, pois sabemos quem ele é, podemos afirmar que o CB não vai acabar.
Ainda vão ter, por muitos anos, oportunidade para exercitar, atrás de um microfone, os seus tão característicos atributos quando da Banda do Cidadão se trata: hipocrisia, arrogância, presunção e demagogia barata.
Porque será que, geralmente, o conhecimento técnico e o título académico que determinada gente carrega, são inversamente proporcionais ao bom-senso, ao respeito pelo próximo e à decência?

Os melhores setenta e três, barra cinquenta e um

Luís Forra
CB "Dakota Bravo"
14 de Dezembro de 2006

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