O COLÓQUIO FOI UM ÊXITO. MAS...

O Colóquio Nacional de Operadores de Rádio CB, foi um êxito, em todos os sentidos. Oportunamente, daremos conhecimento de tudo o que se passou, disse e escreveu sobre o assunto. Do rescaldo do acontecimento podemos desde já tirar uma conclusão: alguns cebeístas estão mais interessados no que vão fazer com os seus equipamentos de CB, a partir de 31 de Dezembro de 2006, do que propriamente com os graves problemas da Banda do Cidadão.

Já se fala por aí em “clandestinidade”, “pirataria”, e outras coisas como tal. Outra imprecisão é afirmar-se que ainda há muitos cebeístas com dúvidas sobre esta matéria. Duvidamos que assim seja.
Não conseguimos entender que ainda haja alguém com dúvidas. Primeiro, a lei saiu há 6 (SEIS) anos e é mais que explícita. Segundo, depois do Colóquio ter terminado, todos os que lá estiveram afirmaram, categoricamente, que ficaram esclarecidos.
Só quem não quer entender, o básico e o primário, é que pode afirmar que ainda restam há dúvidas sobre a aplicação do, agora tão badalado, Decreto-Lei 47/2000 de 24 de Março e respectivos Avisos.
Agora, até o “Rádio Clube Dinossauros” de Lisboa, promove um rádio-jornal, em canal 20 USB, onde um advogado explica e interpreta, todos os pontos e artigos da lei. Apesar de demasiadamente tardia, saudamos e aplaudimos esta iniciativa.

Usando as palavras proferidas no Colóquio pelo colega Vítor Reis, representante em Portugal da Federação Europeia da Banda do Cidadão, parece-me que ainda há quem queira, teimosamente, fomentar o divisionísmo entre os cebeístas. Há provas que ele (divisionísmo) existe.
Todos nós sabemos que a lei é má, desajustada e injusta. Mas é a lei. E tem que ser cumprida. Também sabemos que durante 6 (SEIS) anos, todos nós, cebeístas, NADA fizemos, apesar da Liga CB ter tentado chamar a atenção para o que se iria passar. Quando se pretendeu constituir um grupo de trabalho para encontros com a ANACOM, toda a gente estava mais interessada nas petisqueiras, almoçaradas, conteste, activações, e outras coisas mais, do que propriamente no trabalho necessário para que nada disto acontecesse.
Agora é que toda a gente “estrebucha”... Os que agora mais falam, são os que nunca fizeram, rigorosamente, NADA por isto, apesar de saberem o que iria acontecer.
Quando é preciso “dar o litro”, aparecem logo as limitações e os afazeres costumeiros. As desculpas de sempre. Enfim…
Compreendemos que há muita gente que, devido aos seus afazeres profissionais e/ou familiares, não podem tomar parte activa em comissões ou grupos de trabalho, apesar de terem muita vontade de o fazer. A vida não está fácil e esta coisa do CB é um passatempo que não dá dinheiro a ninguém. Isto é certo e não pode haver alguém que vá contra esta realidade. Em primeiríssimo, está a luta pela vida.
Mas quem não pode, de todo, colaborar com o seu tempo disponível nem, tão pouco, aguentar com as despesas de deslocações necessárias a reuniões e encontros com alguns departamentos estatais, não tente estragar o que outros, com possibilidades, querem fazer.
Tarde, mas com vontade de dar uma volta a esta matéria, ainda há gente disposta a arregaçar as mangas e trabalhar em prol de todos nós, cebeístas. E não é com espíritos derrotistas e com charaminguices despropositadas, porque gastaram dinheiro com o seu rádio CB e agora não podem utilizá-lo, que vão ajudar e contribuir para o sucesso do trabalho que irá ser desenvolvido.
Quem não pode, ARREIA. A vida é mesmo assim, e esta verdade aplica-se a todos os sectores da nossa vivência.
Tenho alguém na minha família que tem uma arma de caça licenciada (SHOTGAN DE 3 TIROS) que deixou de poder utilizar porque, há três meses, saiu um Decreto-Lei que proíbe este tipo de arma de caça.
Quem é caçador, sabe do que estou a falar. Agora pergunto: quem é que vai indemnizar este meu familiar pela despesa que teve com a compra de uma arma que agora não pode utilizar? Ele, e outros “prejudicados” estarão ainda com dúvidas sobre a legislação emanada do Ministério da Agricultura, relativa a esta matéria? Irão manifestar-se à porta do ministério? Estarão eles na clandestinidade? Tornar-se-ão caçadores “piratas”?
Não andará aí alguém a gozar com a nossa cara?

Não necessitamos de espíritos derrotados à primeira, e muito menos de quem, teimosamente, não quer admitir o óbvio: TEMOS QUE CUMPRIR A LEI.
Será que é assim tão difícil meter isto na cabeça? Será que não é perceptível compreender-se que o estado português em nada tem de se preocupar com o destino dos equipamentos de CB que vão deixar de estar legalizados?
Será que alguém, que esteja a ler estas linhas, nos possa informar o que tem feito o estado português, em favor dos milhares de desempregamos que, nem foram avisados da impossibilidade de continuar a trabalhar na empresa onde estavam há anos, atirando muitas famílias para a miséria e para a desgraça?
Esses coitados, não tiveram 6 (SEIS) anos para se preparem para o desemprego e respectivas consequências.
Há que ter noção de como as coisas são e não embarcar em atitudes precipitadas, porque quando existe certa responsabilidade de informar, não há o direito de tentar influenciar terceiros a cometer actos de ilegalidade, fomentando e sustentando situações fora-da-lei.

O incentivo ao ilícito, ao disparatado, ao desequilíbrio mental e à tentativa de destruição da Banda do Cidadão em Portugal, pertence à secção de CB do site ONDA LIVRE.

O que necessitamos é de uma grande união de TODOS os cebeístas portugueses em volta de uma organização que tenha condições objectivas de nos representar perante a ANACOM.
Cebeístas portugueses não só residentes no espaço Nacional, mas também os que trabalham e/ou residem por todo o mundo.
E, quanto a isso não restam dúvidas: é a LIGA PARA A DEFESA DA BANDA DO CIDADÃO (Liga CB) a única entidade cebeísta portuguesa que reúne todas essas condições. Tal, já tinha sido reconhecido, há muito tempo atrás, pela Federação Europeia da Banda do Cidadão (ECBF).
No Colóquio, a ECBF reiterou esse reconhecimento através da presença do seu Secretário-Geral, Senhor Edgar Rosello. Agora, fortalecido pelo, também, reconhecimento do Presidente da Federação Francesa Rádio Francófona, do Director Técnico Adjunto do Grupo President Electronics, Senhor Óscar Espellargas Lacueva.

Estão reunidas todas as condições para que possamos trabalhar condignamente. Agora, necessitamos da tal união de todos os cebeístas portugueses. Será que nos deixam trabalhar condignamente?

Luís Forra
CB “Dakota Bravo”
10 de Dezembro de 2006

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