O mundo nunca foi dos cobardes nem dos vendidos

O Secretário-Geral da Federação Europeia da Banda do Cidadão (ECBF), Senhor Edgar Rosello, vindo propositadamente de França, vai estar presente no 1º Colóquio sobre a Banda do Cidadão a realizar-se na cidade de Tomar, no dia 9 de Dezembro de 2006.
Este evento é uma organização do nosso colega Fernando Seixo, Estação CB “Estrela do Nabão” de Tomar.
Também presentes, vão estar o assessor técnico da ECBF, Senhor Oscar Espallargas, vindo propositadamente de Barcelona - Espanha, o Delegado da ECBF em Portugal, colega Vítor Reis, o representante de “Os Marafados CB Clube” - Portimão (Instituição cebeísta com estatuto de Utilidade Pública), o representante da Liga para a Defesa da Banda do Cidadão, o responsável do Grupo de Expedições Rádio CB de Almada e do site “Portugal Rádio CB, Luís Forra, um representante do Governo Civil de Santarém, um elemento do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil de Santarém e mais algumas individualidades locais e regionais.
Aí está uma excelente oportunidade para se fazerem presentes, todos aqueles que se consideram verdadeiros cebeístas e interessados pelos problemas da Banda do Cidadão em Portugal.
Numa altura em que se tem ouvido e lido, todo o tipo de disparates, boatos e mentiras sobre a actualidade cebeísta portuguesa, seria muito bom e vinha mesmo a propósito, que os autores desses impropérios estivessem presentes neste 1º Colóquio da Banda do Cidadão.
Mas isso, infelizmente, não vai acontecer porque quem quer desestabilizar, não tem rosto…nem nada.
De certeza que ficariam elucidados do que na realidade se passa em relação à legislação da Banda do Cidadão, mais propriamente com o Decreto-lei 47/2000 de 24 de Março, com o Avisos publicados no Diário da República nº 138/2000 (III Série) de 16 de Junho, acabando de uma vez por todas com todo o tipo de aldrabices que escrevem, e lhes sai pela boca fora, com o intuito de confundir, não só os que agora se iniciam como utilizadores da Banda do Cidadão, como os muitos já utilizadores que desconhecem as leis e as normas por que se rege o CB em Portugal. Talvez se esses “velhos do Restelo”, interessados na extinção do CB em Portugal, ficassem mais informados do que é a rádio e tudo o que lhe é subjacente, evitassem fazer figuras de palermas e deficientes mentais compulsivos, ao querem comparar alhos com bugalhos.

É o caso de um artigo, que anda na Internet, escrito por uma “personagem” dada a ideias sem sentido e consequentemente atabalhoadas, insistindo que a Banda do Cidadão (27 MHz - onda curta), comparada com o VHF e UHF, está, em todos os sentidos, sempre em desvantagem.
Por ser tão absurda e ridícula, esta comparação é, pura, e simplesmente hilariante!
Até dá vontade de dizer: mas que grande Cromo!
Quem tem um conhecimento básico de como funciona a rádio, sabe perfeitamente bem que não se pode comparar, tanto em termos operacionais, como de equipamentos e acessórios, o funcionamento e performance de um transceptor de onda curta -11 metros no caso do CB (HF que significa frequência alta) com outros, cujo comprimento de onda é de 2 metros (VHF que significa frequência muito alta), e para piorar a comparação, aqui está o comprimento de onda de 70 centímetros (UHF que significa frequência ultra alta).
Quem está, minimamente, dentro do assunto sabe perfeitamente bem que nada disto é comparável.
Não vou perder tempo com este Cromo, explicando ponto por ponto, quais as razões pelas quais nada disto é comparável. Elas são tão básicas o óbvias que saltam aos olhos da maioria.
Será que este Cromo tem QSL’s confirmativas de contactos-rádio feitos em VHF/UHF com a Austrália, América do Norte e Sul, quase toda a Europa, África e grande parte da Ásia? Pois há muitos cebeístas que o têm.
Nos tempos em que me dediquei ao DX na Banda do Cidadão, não fiz o mundo todo, mas tenho algumas confirmações escritas de países onde de VHF e UHF só chega em sonho…
Só este “rádio-iluminado” pode comparar o incomparável, querendo fazer querer, a quem tem a pachorra para ler as patacoadas que produz, que aquilo que escreve é uma verdade irreversível, “aconselhando” a debandada do CB para o VHF/UHF.
Naquela mente, não há nada a favor da Banda do Cidadão. Tudo é contra a Banda do Cidadão. Parece que não há melhoras daquela neurose obsessiva. Esta sisma de querer com que a frequência dos 27 MHz desapareça, sendo substituída por outra, ou outras, continua bem presente.
Já em 2000, este “rádio-iluminado” levou a cabo um ataque contra a Banda do Cidadão, escrevendo uns disparates e umas baboseiras na tal “página”. Parece que ainda não desistiu, continuando na sua cruzada para denegrir o CB.
Só não entendo uma coisa: qual a razão porque continua a utilizar a Banda do Cidadão se escreve que é a “banda mais ruidosa do espectro radioeléctrico”? Para ele, “é muito melhor fazer o exame para a categoria C de radioamador”. Então, qual a razão da existência de uma secção dedicada à Banda do Cidadão, lá na tal “página” na Internet onde escrevinha idiotices contra o CB? Não será isto um contra-senso?
Hilariante, é a desculpa e o argumento costumeiro que este “rádio-iluminado” produz quando alguém não está de acordo com as suas “sábias” teorias e o contesta.
Quando tal acontece, faz a seguinte citação: “Lamento que o Senhor não tenha percebido nada daquilo que eu escrevi”.
Só alguém mal intencionado e interessado em passar um atestado de atrasado mental, insultando a inteligência de quem o lê, é que pode tomar atitudes destas.
Ou seja, quando não tem argumentos para justificar as bacoradas que escreve e os atraques directos ou indirectos à Banda do Cidadão, os outros, os tais que perdem tempo a ler as parvoíces que escreve, é que são estúpidos e ignorantes porque não percebem nada do que este “iluminado” escreve (?). Não há pachorra…
Não vou perder mais tempo com este Cromo, mas continuarei atento às suas “sábias” afirmações e aos intencionais atraques à Banda do Cidadão.

Saliento a conveniência que há na presença, no dia 9 de Dezembro de 2006 em Tomar, dos que continuam a fazer da Banda do Cidadão o seu passatempo favorito e crentes que, apesar de tudo, o CB, quando correctamente utilizado, é de utilidade pública, podendo contribuir para o salvamento de vidas e bens. Está provado, na prática, que isto é verdade.
A Banda do Cidadão em Portugal tem 40 canais, estando alguns deles impraticáveis para ser utilizados por pessoas decentes e bem formadas.
Mas não é por esta razão que o CB está totalmente estragado e inutilizado. Não vamos embarcar em algumas afirmações que se escutam na frequência vindas da boca de certos arautos da desgraça e do caos.
Parece que até vem a propósito.
Mesmo que não queira, lá terei que citar uma afirmação que ouvi em determinado canal, onde se encontravam determinados utilizadores do CB. Entre os que estavam em QSO, sabem qual deles proferiu a afirmação a que me estou a referir? Exactamente, o tal “rádio-iluminado” que tenho vindo a falar.
Sendo o tema do QSO o estado actual da Banda do Cidadão, o Cromo em questão proferiu o seguinte: “sabem que mais? Actualmente, o CB são só dois canais! Este, em que nós estamos e o canal 20 USB. O resto? O resto não presta”. Comentários para quê? É um “artista” português…

Não são com extremismos, discursos destrutivos e ideias esvaziadas de conteúdos e objectivos, que contribuímos para a preservação do muito que ainda resta da Banda do Cidadão.
Não acredito que a maioria dos que me lêem neste momento, sejam utilizadores recentes, ou um pouco inexperientes nestas lides da Banda do Cidadão, cometam o acto de cobardia, trocando o CB pelo VHF/UHF devido somente a argumentos débeis, balofos e sem sentido vindos de um ou outro neurótico e inadaptado aos tempos que correm.
O mundo nunca foi dos cobardes nem dos vendidos.
Judas enforcou-se, Brutus foi apunhalado e Miguel de Vasconcelos foi atirado de uma varanda, morrendo estatelado na calçada de pedra fria.
Destacaram-se pela negativa e pelo exemplo a não seguir. É assim que as sociedades julgam os sem coragem e os devotos do facilitismo cómodo, que desistem de lutar e defender as causas que abraçaram, trocando-as por outras, em função das circunstâncias, das conveniências e da rentabilidade. Como diz o povo, “são cães que não conhecem o dono”.

Os mais inexperientes e/ou os menos elucidados sobre todos os aspectos relacionados com a Banda do Cidadão, devem procurar os conselhos de pessoas ou entidades que os possam elucidar com verdade e com realismo.
Há que encontrar o equilíbrio necessário para se poder tirar prazer e satisfação da utilização dos 27 MHz.
Para isso, é fundamental sabermos com o que podemos contar. Tanto por parte da entidade que tutela a nossa actividade amadora (ANACOM), como por parte de organizações cebeístas vocacionadas no apoio e esclarecimento, não só nos procedimentos que devem ser seguidos quando se opera na frequência, como em todos os sectores da actividade cebeísta.
Há uma organização cebeísta que está devida e oficialmente legalizada, que pode ser consultada por quem tiver dúvidas sobre tudo o que se relacione com o CB.
É a Liga para a Defesa da Banda do Cidadão (Liga CB).
Se não é mais vezes consultada, é porque existem muitos utentes do CB devidamente esclarecidos.
Além disso a Liga CB, está reconhecida pela Federação Europeia da Banda do Cidadão (ECBF), como a única organização em Portugal, representativa dos cebeístas nacionais perante as instâncias internacionais.
Tudo isto não aparece ao acaso. Foi devido ao trabalho desenvolvido pelos elementos directivos da Liga CB, desde o ano de 1999 até à actualidade, em defesa e divulgação da actividade cebeísta em Portugal, que mereceu o reconhecimento da instância máxima europeia do CB.
Assim sendo, fico surpreendido porque é que tanta gente anda mal esclarecida e confusa, havendo quem possa elucidar devidamente e tirar as dúvidas a quem as tiver.
A ANACOM só pode dar ajuda institucional, informando o que está escrito na lei. A mais nada são obrigados.
Se, nos é dito mais qualquer coisa, é sempre na base do: “há informações que…”, “é intenção fazer-se…”, “pensasse que irá…”. etc. Nada é preciso e concreto.
Uma coisa é verdadeira e concreta: quando se pergunta a uma funcionária da ANACOM se a Banda do Cidadão está protegida, a resposta é um NÃO categórico.
E ao longo do tempo todos nós temos tido a prova, mais que evidente, que a entidade da tutela tem desprezado tudo o que se relaciona com a Banda do Cidadão. A excepção é a cobrança de taxas resultantes dos antigos licenciamentos, dos agora certificados de registo e das coimas aplicadas, quando, eventualmente, algum transceptor de CB é apreendido.
De contrário o CB não conta. Apesar que fazerem escuta.
É verdade! No centro de escuta em Barcarena, ainda se faz escuta à Banda do Cidadão, mas é o mesmo que se não fizesse!
Não sabemos se no Porto, na Madeira ou nos Açores usam esta prática, mas o que é certo é que em Barcarena a “coisa” acontece, mas sem efeitos práticos.
E o resultado está à vista. Basta ouvir o tipo de linguagem empregue pelos utilizadores de determinados canais, para chegarmos à conclusão que os funcionários da ANACOM, que procedem à escuta na frequência dos 27 MHz, ou são surdos, ou o que eles pretendem ouvir, não são as javardices proferidas por aqueles pobres de espírito que inundam, anarquicamente, meia dúzia de canais durante o dia.
O que eles querem ouvir, é outro tráfego de comunicações que se faz no CB, e nós, cebeístas, não nos apercebemos de nada, porque andamos distraídos… Há certa troca de informação através de telemóvel que é escutada.
Mas em determinadas situações, e em certas circunstâncias, essa troca de informação pode ser feita no CB, frequência abandonada pela entidade da tutela e desprezada por um grande número dos seus utilizadores, preferindo migrar para outras frequências.
Quem conhece bem as potencialidades operacionais dos 11 metros e sabe tirar o devido proveito das mesmas, pode usufruir de um meio de radiocomunicação excepcional para estabelecer uma vasta cobertura entre um ponte fixo e vários móveis.
Se alguém tem dúvidas, eu posso provar o que digo. Nem VHF, UHF e muito menos PMR. Pois é. Há muita coisa que nos passa por baixo do nariz… Portando, nada de medos ou receios. Da ANACOM não há que esperar nenhuma atitude repressiva em relação à potência aparente radiada dos transceptores de CB, ou seja do que for.
Desde que não haja nenhuma denúncia de algum vizinho nosso que sinta a sua TV, ou HI-FI serem interferidos, ou algum bufozeco que não gosta nós e nos queira prejudicar, ninguém daquela gente nos incomoda.
Só as estações móveis poderão ser incomodadas, pelas forças policiais, no que diz respeito ao transceptor utilizado.
Na estrada, a polícia na sua acção fiscalizadora, não vai seguir o cabo coaxial, desde a saída do transceptor até à antena. Assim, continuar-se-á a emitir com potências de 500, 750, ou até 1.000 W.
As câmaras de repetição áudio continuarão a fazer o ruído costumeiro. Estrada a cima, estrada abaixo, o vocabulário ascoroso continuará a ser escutado por quem quiser ouvir.
Quanto às estações fixas, não terão problemas, pois a policia não vai bater à porta de cada um para verificar se o transceptor está, ou não, ao abrigo das normas europeias.
Essas estações continuarão a emitir da mesma forma como até aqui. E tudo está paz, desde que se pague.

Tudo isto é uma questão de “orçamento…”. A Banda do Cidadão em Portugal vai continuar bem activa e bem vivinha, porque assim está escrito na lei, e porque o código monetário assim manda.
Alguém faz uma ideia dos milhões de Euros que, todos os anos, envolve o negócio das aparelhagens destinadas ao CB? Alguma vez as multinacionais do sector permitiam que se deixasse de comercializar transceptores, lineares, antenas, medidores de potência e de estacionárias, microfones, câmaras de eco, cabo coaxial, e toda uma enorme variedade de acessórios?

Mais uma vez afirmo que, por estas razões, e não só, é importante que todos os que se sintam mal informados, ou queiram aumentar os seus conhecimentos sobre a Banda do Cidadão, estejam presentes neste 1º Colóquio em Tomar.
É aí que se pode contestar, criticar, discutir, apontar, apoiar, dar sugestões, opiniões, conselhos, etc.
A falar atrás do microfone, tanto na frequência, como na Internet, é muito fácil e prático.
Agora, lá no Colóquio, na presença de todos é que se demonstra a militância e o interesse pelo passatempo que elegemos. Se os presentes neste 1º Colóquio saírem de lá totalmente elucidados, já é uma grande vitória alcançada pela organização, porque há demasiada gente muito mal informada sobre a Banda do Cidadão em Portugal.

Por muitas razões, espero uma casa cheia no dia 9 de Dezembro em Tomar. Mas ficaria muito feliz pelo colega Fernando Seixo, estação CB “Estrela do Nabão”, cidade de Tomar, porque militantes pela Banda do Cidadão como ele, contam-se pelos dedos de uma mão.
Um exemplo a seguir, um homem a não esquecer.
Força amigo Seixo, porque o mundo nunca foi dos cobardes nem dos vendidos.

Luís Forra
Estação CB “Dakota Bravo”
13/11/2006

 

 

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