SERÁ A EXCEPÇÃO À REGRA?

Recebemos do Exmo. Senhor Comandante da Unidade de Socorro da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa, o seguinte e-mail:

Nome: Pedro Teixeira
Estacão CB:
E-mail:
Localidade: Maia
Data: 13 de Dezembro de 2005
Hora: 09:30

É com enorme agrado que anuncio a todos os radioamadores do Conselho da Maia, que a Cruz Vermelha Portuguesa - Unidade de Socorro da Maia, a partir do próximo ano, vai ter um posto CB em permanente escuta no canal 9 "emergência".
Com esta iniciativa, o Comando da Unidade de Socorro da Maia tenta cada vez mais prestar um bom serviço em prol da comunidade Maniata.
Sem outro assunto de momento, atenciosamente
Pedro Teixeira
Comandante da U.S. Maia

Resposta de Portugal Rádio CB:

Será a excepção à regra e a “pedrada no charco”, ou, mais uma vez, será a desilusão e a frustação?

Exmo. Senhor Comandante da Unidade de Socorro da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa

Queremos agradecer o envio do seu e-mail para Portugal Rádio CB, pois ficamos satisfeitos por saber que a Banda do Cidadão não foi esquecida, como frequência a ser utilizada pela Unidade de Socorro da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa.

Desejamos todas as felicidades do mundo para quem vai ter a função de coordenar as radiocomunicações nessa Unidade de Socorro.
Como é sabido, o canal 9 nos 27 MHz como frequência de emergência, só pode resultar e cumprir a sua função se houver rádio-operadores interessados na tarefa que têm que levar a cabo, demonstrando competência, espírito de sacrifício e interesse pela causa pública.
Como tais atributos, muito raramente, estão presentes na alma dos rádio-operadores indigitados para tais funções, o canal 9 a funcionar nas centrais de radiocomunicações dos Bombeiros Voluntários ou Cruz Vermelha Portuguesa, têm-se transformado, quase sempre, num grande fracasso e desilusão, resultando na frustração dos que, desinteressadamente, dão tudo por tudo para que estas iniciativas resultem em pleno.
Outro grande inconveniente para que o CB possa cumprir a sua função, é o desinteresse que os órgãos decisórios têm demonstrado ao longo do tempo pela Banda do Cidadão, resultando na desmobilização de vontades para que o CB seja considerado uma frequência alternativa, quando tudo falha em casos de calamidades.

O açambarcamento das iniciativas de radiocomunicações de urgência e emergência levadas a cabo pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil - SNBPC, de braço dado com algumas associações de radioamadores devido aos protocolos firmados, além de terem-se revelado estéreis e desastrosas, não contemplam os 27 MHz, como frequência a aproveitar e incentivar, onde existe um grande potencial humano sempre pronto a avançar.

A incompetência e a descoordenação operacional demonstrada pelo do SNBPC, e a ausência de estações de radioamadores no teatro de operações durante a época dos incêndios, é demonstrativa que os tais protocolos firmados, não passam de actos públicos esvaziados de conteúdo e sem qualquer significado prático, transformando-se tudo num logro para macanudo ver. Ler este artigo relacionado.
Como diz o ditado: “não vão, nem deixam ir”.

Como o Senhor Comandante Pedro Teixeira se pode aperceber, a realidade é esta. Tanto no Concelho da Maia como em qualquer parte.
E, se escrevo assim, deve-se à minha experiência acumulada, desde 1978 (quase à 28 anos), no âmbito das radiocomunicações amadoras de urgência e emergência.

Desejamos, muito sinceramente, que a Unidade de Socorro da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa, sob a orientação do Exmo Senhor Comandante Pedro Teixeira, consiga levar por diante a espinhosa missão de transformar o canal 9 (27,065 MHz) numa frequência activa e respeitada por todos os utentes da Banda, e nunca abandonada pelos rádio-operadores que têm a missão de a escutar convenientemente.
Que esta iniciativa seja a excepção à regra, e a “pedrada no charco” de todos nós, cebeístas, esperamos.

Luís Forra
13 de Dezembro de 2005

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