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A MONTANHA PARÍU UM RATO
Alguma coisa - pouca - se disse e escreveu sobre a distribuição de sinal da Internet pelas linhas de energia eléctrica - PLC (Power Line Communications).
Na Web, e a nível de radioamadores, somente CT1 FBF, João Alberto Costa, se fez sentir ao ter o cuidado e a paciência de defender uma posição activa, coerente e sustentada contra tal tecnologia, enviando e-mails a todos os eventuais interessados nesta matéria.
Nós por cá recebemos essa mensagem e não só ficámos a saber das fortes interferências provocadas por o tal PLC na recepção em HF (ondas curtas).
Também tivemos conhecimento de algumas tomadas de posição de organismos internacionais de radioamadores, tais como a ARRL - The National Association for Amateur Radio (USA) e a URE - Union Radioaficionados Españoles (Espanha).
E de Portugal? Há alguma posição pública e oficial que esteja a ser divulgada por alguma das, mais ou menos, 57 (CINQUENTA E SETE) organizações de radioamadores?
Também ficámos curiosos e expectantes, como a Banda do Cidadão está na faixa de frequência dos 27 MHz, que ainda se encontra no espectro de ondas curtas, decidimos actuar na medidas das nossas possibilidades.
A Liga para a Defesa da Banda do Cidadão entrou em contacto com a Federação Europeia da Banda do Cidadão - ECBF, na pessoa do seu representante em Portugal, solicitando uma reunião com o intuito de pedir explicações à entidade da tutela - ANACOM.
Como era de esperar, fomos informados que o facto estava consumado. A PLC era uma realidade e até já existiam alguns operadores no mercado distribuindo esta tecnologia. É o caso da “CONNEX” com o site em http://www.connex.pt.
Não ficámos surpreendidos por todos estes acontecimentos, até porque já era de esperar. Numa regime democrático tão peculiar como o nosso, nada já nos espanta. Já é um hábito.
Desde que haja lucro para os cofres desta pequena república das bananas, os interesses e bem estar dos que alimentam, com os seus pesados impostos, os “Panchos Villa” bodungosos do poder estabelecido, são completamente esquecidos e escamoteados.
O que nos espanta é a inércia e o desprezo demonstrado por os mais directamente interessados, os radioamadores, que a distribuição de Internet pelas linhas de energia eléctrica não fosse uma realidade.
Mesmo que esse desiderato não fosse alcançado, ficava a consciência tranquila do dever cumprido e da demonstração de força devido à união das organizações representativas da classe.
Nada foi feito, exceptuando uma ou outra opinião ou algumas boas intenções vindas dos que ainda continuam a acreditar que o Pai Natal existe...
O que é que as associações de radioamadores fizeram para defender os interesses dos seus associados?
Onde estão os crânios? Os títulos académicos só servem para cumprimentos e adjectivar?
Porque é que as associações de radioamadores não mobilizaram os seus associados, convocando um encontro nacional, por exemplo na Figueira da Foz, e não fizeram sentir as suas reivindicações perante a tutela?
Porque é que não organizaram um grande debate público sobre os malefícios da PLC (Power Line Communications) nas radiocomunicações de onda curta?
Houve tempo suficiente para se organizar esse debate público, porque os malefícios do PLC já é conhcido há muito tempo.
O que resta então? NADA !
Qual o valor e poder reivindicativo, em termos reais e objectivos, das associações de radioamadores portugueses perante a ANACOM ? NENHUM !
As lamúrias contra a tutela hão de continuar a florescer. O pedantismo de alguns, a vaidade rústica de outros e o oportunismo de muitos, continuarão a ser a pedra de toque dos que administram e orientam a maioria das organizações radioamadorísticas nacionais.
Os tristes e degradantes espectáculos das lutas pessoais pelo “poder” no interior de algumas organizações, continuarão a ter os protagonistas habituais.
Exceptuando-se alguns casos pontuais, mas sem poder representativo perante a autoridade competente, é este o triste panorama associativo dos radioamadores portugueses. Uma enorme feira de vaidades onde a desunião e a hipocrisia imperam.
A montanha pariu um rato.
Luís Forra
Estação CB "Dakota Bravo"
25 de Junho de 2004
COMENTÁRIOS
Nome: Sérgio Oliveira
Estação CB:
Date: 27 de Junho de 2004
Hora: 09:25 Comentário:
Você parece o velho do restelo. Nada faz que se leia. Critica de forma derrotista. Dá razão aos "sanchos". E ainda por cima diz a quem faz algo que o que se faz é porque pensamos que o Pai Natal existe. Você sinceramente não devia existir no radioamadorismo. É com opiniões como as suas que os bichos sentem-se com razão para entrarem por baixo da porta, quando o que o bom pai de família quer é manter a bicharada do lado de fora da porta. Colega, não dê razão à bicharada, s. f. f.
Sérgio Oliveira.
Resposta ao comentário anterior
Nome: Luís Forra
Estação CB: Dakota Bravo
Date: 27 de Junho de 2004
Hora: 20:31
Comentário:
A forma como escreve e faz determinadas afirmações, o Senhor Sérgio Oliveira demonstra ser uma pessoa imatura, muito pouco conhecedora da matéria em questão, muito nervosa, excitável, fervendo em pouca água e não apresenta qualquer tipo de argumento válido e sustentado para contrapor uma ideia.
Também não lhe reconheço nenhuma autoridade moral, ou qualquer outra, para poder opinar sobre questões pessoais e privadas que não lhe dizem respeito. Ou o Senhor Sérgio Oliveira sente-se divinamente abençoado para proferir baboseiras requentadas e serôdias sobre o alheio?
As suas tomadas de posição em relação a alguns assuntos do âmbito radiofónico, ao longo do pouco tempo que o tenho observado, não têm passado de atitudes estéreis, infrutíferas, ultrapassadas e um tanto duvidosas. Tem escrito alguma coisa, mas não dizendo nada. E acções práticas: zero.
Não tenho conhecimento que o Senhor Sérgio Oliveira tenha feito parte de algo que se tenha desenvolvido em esforços para tentar, perante qualquer entidade local, regional ou nacional, resolver qualquer tipo de problema relacionado com a Banda do Cidadão ou o radioamadorismo nacional.
O que tenho constatado é a sua crítica destrutiva e insultuosa em relação a determinadas pessoas que lhe poderiam merecer mais respeito, pois o Senhor além de não as conhecer, também nunca se inteirou do percurso das mesmas ao longo do tempo em que se debateram, e continuam a sua acção, pela defesa e dignificação de uma coisa que o Senhor só tomou conhecimento há muito pouco tempo e de uma forma não muito correcta. Dá a entender que entrou pela porta errada e em muito más companhias.
A sua tendência para pessoalizar as questões, só o têm isolado. Basta percorrer certos fóruns de opinião, onde o Senhor tem intervido, para se perceber que as suas opiniões ou tomadas de posição raramente têm resposta. É sintomático. O Senhor não acrescenta nada de novo seja ao que fôr; fica-se por os lugares comuns habituais e por afirmações fora de contexto.
Uma virtude tenho que lhe reconhecer e louvar: o Senhor tem coragem e nunca vira as costas a nada. Quando sente que o que lê, ou ouve, não está de acordo com as suas ideias, vem a terreiro e contesta. Não é cobarde e não se esconde atrás de nada.
Pode dizer meia dúzia de disparates, para não dizer dúzias, ou teorias sem nexo ou irreflectidas. Mas diz...
Lamento profundamente que o Senhor seja uma raridade neste aspecto, porque o que falta neste passatempo é o debate de ideia e troca de opiniões.
Infelizmente, salvo algumas excepções, a maior parte dos utilizadores do CB ou das frequências ditas de radioamadorismo e que navegam, ou não, na Internet, remetem-se ao silêncio preferindo a intriga de café, a fofoca de alcofa ou a conspiração velada para que não sejam postos de lado pelos “colegas”.
São os tais acéfalos que querem estar sempre bem com gregos e troianos. São os “branquinhos”, os amarelos ou numa linguagem mais terra a terra: os merdas de homem.
Falo assim consigo, ou melhor, escrevo assim para si, porque sei que o Senhor, apesar de demonstrar o contrário, está habituado a este tipo de linguagem. E para ter a certeza que o Senhor percebe aquilo que eu quero dizer, tenho a necessidade de baixar um pouco o nível.
Estou à vontade naquilo que digo, porque li umas frases suas num fórum onde o Senhor pôs o seguinte “post”:
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Colocada: Seg Mar 22, 2004 12:07 am Assunto: Esqueçam as decamétricas..., ou talvez não?
O lixo em RF é generalizado. Os produtos "linha branca" e "made in china", a concorrência e a PLC assim o proclamam. Bacos vence. O mal impera e entra de forma sublime pela RF anunciando uma bela internet, fazendo crer que por detrás da ressaca estão garrafas de agua cristalina, quando dentro têm vinho. Caguem nos rádios e comprem acções da EDP.
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Como vê , “a merda de plágio”, artigo que eu escrevi baseado em factos reais e comprováveis, mas que o Senhor ficou todo enjoado com o tipo de linguagem empregue, comparado com o “Caguem nos rádios.......”, que o senhor escreveu, parece que a linguagem é mesma.
Porquê então a indignação? Hipocrisia saloia?
“Quem tem telhados de vidro não atira pedras para o ar”. Ou ainda melhor: “Quem cospe para o ar, caí-lhe sempre em cima”
Voltando ao tema, e resumindo as considerações iniciais ao que o Senhor tentou exprimir por escrito, concluo o seguinte: apesar do Senhor não voltar as costas às questões em consideração, quando as contrapõe, fá-las de uma forma desastrosa, desconexas e irresponsável.
Devido ao conteúdo da sua mensagem ser tão estéril. insípido e despropositado, não tenho comentários a fazer.
Quando o Senhor, ou alguém, apresentar argumentos válidos e concretos que, solidamente, desmontem as minhas teorias e desmintam tudo o que eu proferi, cá estarei para conversar.
Se eu não tiver razão em tudo o que tenho dito sobre este assunto, ou outros, serei o primeiro a retratar-me. Mas já falo assim há tantos anos e ninguém, até agora, conseguiu contrapor fosse o que fosse. Só me têm respondido com baboseiras, patetices ou insultos gratuitos.
Alternativas válidas, ou soluções viáveis, muito raramente são avançadas. Quando elas existem, passá-las à prática, quase ninguém quer ter esse “trabalho”.
Digo quase ninguém porque, felizmente, ainda há gente (pouca) que deu e continua a dar, desinteressadamente, muito de si e dos seus pela comunidade radiofónica a que pertence. Nem tudo é mau...mas o bom é muito raro.
É o que se passa consigo e com alguns (muitos). Falam muito e mal, e não fazem nada, mesmo que seja pouco e dentro das possibilidades. Há sempre a vida profissional, a família, a casa, o bem-estar, a doença, etc.
Quando há um pouco de tempo, é para jogar matraquilhos, beberricar, fingir que fala (mal) ao microfone e pouco mais.
Gastar tempo e dinheiro a deslocar-se a Lisboa, procurar as pessoas certas para que possam fazer companhia e aconselhar a melhor forma de tratar alguns assuntos relacionamos com o rádio, junto da ANACOM, isso, está quieto.
Aí entram em acção as perguntas do costume: Quem me paga o combustível? Quem me paga as refeições? Quem me paga as horas que vou faltar ao emprego? A que horas é que irei chegar a casa? O que há-de dizer a minha mulher se eu chegar tarde?
Lutar, desinteressadamente, pelo bem comum significa sacrifício, dedicação, determinação, coragem e arranjar inimigos. Os tais invejosos, sabendo que só têm capacidade de trabalho para aquilo que é deles, só sabem desestabilizar e tentar destruir o trabalho dos outros.
Geralmente são os “pára-quedistas” que mais desestabilizam com as suas teorias de “lana caprina”.
Se o Senhor se sente uma pessoa interessada, militante convicto e defensor da Banda do Cidadão quer acompanhar-me a Barcelona, eu na qualidade de Presidente da Direcção da Liga para a Defesa da Banda do Cidadão, na companhia do Delegado em Portugal da Federação Europeia da Banda do Cidadão, para uma reunião de trabalho com o Presidente da Federação Europeia sobre o problema da norma europeia que restringe a potência aparente irradiada dos equipamentos de CB a 1 W em AM?
A luta é para a reposição dos 4 W em AM e FM e 12 W em SSB.
As despesas são a dividir por os três, durante três, quatro ou mais dias. Dois dias de viagem e um, ou mais dias de trabalho. A Liga CB e Federação Europeia não subsidiam estas, ou outras despesas. É tudo do nosso bolso.
Quer ir? Quer desembolsar umas centenas de Euros? Olhe que é por uma causa justa e o Senhor até é recuperável, se for bem acompanhado e melhor aconselhado.
Porque não canaliza as suas energias e os seus conhecimentos para coisas válidas e com sentido?
Pois, não pode ir, não é?
Eu sei.
Os “Ses” são muitos...e a conversa ainda mais.
Paciência, fica para a próxima. Mas até lá, a sua conversa de xáxa continua...
E este estado de coisas aplica-se tanto ao CB como aos ditos radioamadores.
Isto já vem desde 1978 (MIL NOVECENTOS E SETENTA E OITO) quando um pequeno grupo de radioamadores tentou ganhar as eleições, para controlar a rede de Emissores Portugueses - REP, recorrendo às apressadas inscrições para associados dessa instituição, dos muitos cebeístas existentes na Margem Sul do Tejo, mais propriamente Almada e Seixal, e que eu próprio fazia parte.
A manobra era a entrada na urna das dezenas de votos dos recém-chegados associados, para que a outra lista concorrente às eleições, fosse derrotada.
O tiro saiu-lhes pela culatra e ainda bem. Esqueceram-se dos votos por correspondência e das antiguidades.
Mas há mais, que para mim já perdeu a validade, ou seja, já prescreveu... Está em memória para que conste.
Há muitos anos que fiquei farto das manobras de certos “radioamadores”.
Nunca fizeram nada de jeito pelo radioamadorismo português. Os que tentaram trabalhar com dedicação e desinteressadamente, foram isolados e postos de lado.
Basta ver as vergonhosas e escandalosas guerras no interior da mais representativa associação de radioamadores. Acusações graves, há uns anos a esta parte, de crimes praticados pelos seus dirigentes, e não só, é o que se tem visto e ouvido.
Por isso, quanto mais sei destes factos, mais gosto do CB. Nem que o CB seja, na sua perspectiva e como o Senhor gosta tanto de referenciar, Casa de Banho.
Assim sendo, considero que está tudo dito. Este assunto está morto e enterrado e não merece nenhuma resposta. Portanto não se esforce a responder-me. Pode fazê-lo, se quiser, mas não lhe respondo.
Não tenho que provar nada, nem a si nem a ninguém. O meu trabalho, de há muitos anos, e daqueles que me rodeiam, é conhecido e reconhecido pelas pessoas bem intencionadas e que cá andam de boa fé.
O resto é conversa de xáxa.
Para terminar vou-lhe fazer o seguinte pedido: agradecia que não voltasse a tratar-me por “colega”, porque não o sou. No meu dicionário, “colega” quer dizer:
pessoa que, em relação a outra, faz parte da mesma comunidade, corporação, profissão, etc. ; pessoa que exerce as mesmas funções ou foi encarregada da mesma missão.
Como não fazemos parte da mesma comunidade, corporação e profissão o termo “colega” é despropositado e sem significado.
Se, por qualquer razão se sentir ofendido com o que eu escrevi, desde já apresento as minhas mais sinceras desculpas, mas não foi com essa intenção que proferi o acima citado.
Não quero, não gosto nem alimento conflitos, seja com quem for. Tenho a minha forma de me exprimir e luto pela defesa das ideias que julgo serem justas e equilibradas.
Gosto dum confronto de ideias musculado e por vezes contundente, mas nunca ofensivo ou desrespeitador. Por vezes, as verdades nuas e cruas fazem doer, e há muita gente a confundir dor com ofensa ou mesmo insulto.
Passe muito bem e como eu costumo dizer: presunção e água benta, cada um toma a quer. Disse...
Luís Forra
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