PEQUENOS, POBRES MAS LIMPOS

Mais uma vez fica provado e reforçado que os Marafados CB Clube - Portimão, merecem o estatuto de utilidade pública que lhes foi atribuída pelo governo da nação. Cada um nasce para o que tem de ser.
Se dúvidas houvessem, ficariam totalmente dissipadas com a leitura de um ofício recebido pela Direcção dos Marafados CB Clube, vindo da Directora Técnica do Lar de Crianças Bom Samaritano - Instituição Particular de Solidariedade Social em Portimão.
A propósito do que atrás já foi dito, de que cada um nasce para o que tem de ser, esta máxima aplica-se para tudo na vida. Quando alguém, individual ou colectivamente, cria uma Instituição, ela é o espelho dos seus criadores e continuadores, tanto para o bem como para o mal.
E neste aspecto, os Marafados CB Clube, são o resultado do esforço, trabalho e dedicação de uma Direcção, que há alguns anos a esta parte teve a coragem de separar as águas, dizer não ao que estava mal, escolher um grupo de pessoas com vontade de trabalhar e vencer, tomando decisões radicais, polémicas mas necessárias à reposição da legalidade.
Não pensem que foi tarefa fácil arrumar a casa, acabar com os maus hábitos e restituir aos Associados um Clube que para uma ou outra pessoa, tinham-no como propriedade sua.
Dinheiros recebidos e não justificados, nem tão pouco se sabiam onde estavam, património alienado, decisões déspotas do cabecilha e mentor desta situação, conflitos de toda a ordem, tanto pessoalmente como na rádio, enfim uma confusão que só gerava conflitos despropositados mas que agradava a quem tirava dividendos de tudo isto.
Depois do afastamento definitivo dos fomentadores da desordem e da anarquia, vieram as condições para se poder trabalhar e demonstrar, a meia dúzia de falhados, oportunistas e incompetentes, que só com uma base séria e responsável se pode trabalhar para o bem comum. Se assim for, os resultados aparecem.

E os Marafados CB Clube, nasceram para serem o único Clube CB em Portugal em actividade que tem o tal estatuto oficial de utilidade pública, porque apesar de ser uma Instituição de radioamadorísmo, também se dedica ao apoio, acompanhamento e fomento social na Cidade de Portimão. Basta ler no seu site em http://marafados.radiocb.com nos "Eventos", quais as actividades extra-radiofónicas.

No âmbito da Rádio CB, há uma situação que talvez poucos têm conhecimento e não se deu o relevo merecido, o que foi uma pena, mas mais vale tarde do que nunca.
No maldito Verão de 2003, quando Portugal esteve em chamas e a destruição alastrava por todo o país, e em especial na Serra de Monchique no Algarve, em determinada altura as únicas comunicações que se fizeram entre Bombeiros foi o CB. Tudo falhou.
Não haviam repetidores para telemóveis nem para transmissões de rádio. Foram os MACANUDOS com os seus portáteis da Banda do Cidadão e em barra móvel, que conseguiram que os Bombeiros estabelecessem comunicações no sopé da Serra de Monchique.

Onde estava a Protecção Civil?
Onde estavam os radioamadores e as suas elites?
Onde estavam os catedráticos da válvula?
Onde estavam os crânios?
Onde estava o resultado prático de tantos encontros e planos com nomes pomposos?
Ninguém!!!

Só lá estavam os esquecidos e malfadados cebeístas, que afinal, sem vaidades mas com determinação, sabem dar lições de humanidade, solidariedade e espirito de sacrifício.
Não é necessário, nem tão pouco suficiente, ser doutor, engenheiro, ter estações de milhares de contos para se ser radioamador. O que é necessário é gostar e praticar rádio desinteressadamente.

Gostaríamos de ser lidos por algum catedrático do radioamadorísmo da válvula, dos tais que para eles, radioamadorísmo é ter um corriculum vitae recheado de títulos académicos, uma conta bancária bem gorda e arrotar, na rádio, a sua arrogância, prepotência e desprezo para cima dos que não afinam pela sua "música". Talvez APRENDESSEM, apesar de duvidarmos, que radioamadorísmo não é nada das atoardas que defendem e praticam.

Pequenos, pobres mas limpos.

Luís Forra
Estação CB "Dakota Bravo"
8 de Fevereiro de 2004