"Dantes..."

Sabem como é que a maioria dos cebeístas no início da Banda do Cidadão em Portugal, pensavam, actuavam e a utilizavam?

Vamos tentar explicar, publicando alguns artigos relatando como, de uma maneira geral, se encarava o CB e qual a postura na frequência dos seus utilizadores.
No tempo em que só haviam QTH's, pois ainda não tinham construído os «QT's barraca» e as «ingregas» ainda eram chamadas de QSY's.
Passados 22 anos, queremos dar a conhecer aos mais novos, como a Banda do Cidadão era um passatempo e uma actividade respeitada, acarinhada e apoiada não só pelas autoridades locais e regionais, mas também pelo Governo português.
Foi devido à actuação séria dos intervenientes nas acções que desempenhavam, ao comportamento correcto e digno dos utilizadores da frequência, à seriedade e correcção de atitudes da maioria dos dirigentes associativos, que a Banda do Cidadão foi considerada, por reflexo, de UTILIDADE PÚBLICA.
Por reflexo e silogismo simples, porque foi uma associação cebeísta que foi considerada de UTILIDADE PÚBICA. Ou seja: se uma associação do CB é considerada de utilidade pública, o CB é considerado de utilidade pública. Neste caso, aplica-se.
E aplicou-se ao CAPARICA CB, seus dirigentes e associados.

Os mais esquecidos, os distraídos e os vira-casacas é que não se lembram de como era bonito e gratificante, através do CB, dar-se assistência e apoio a quem necessitava.
Ajudar os Bombeiros Voluntários nas horas de perigo; nos incêndios florestais lá estavam os cebeístas com os seus portáteis e móveis, organizados numa rede alternativa às difíceis e confusas comunicações de VHF dos Bombeiros.
Na vigilância às praias, colaborando na busca de crianças perdidas ou a solicitar ajuda às autoridades competentes quando surgiam complicações com banhistas.
Na assistência rádio às provas desportivas e nos eventos lúdico-culturais, lá estavam os cebeístas colaborando com as autoridades e organização das provas, informando de como decorriam as mesmas e o que era necessário para tudo acontecesse em segurança.
Na sempre útil e importante informação rodoviária, a quem ao volante da sua viatura, solicitava ajuda ao operador de serviço no canal monitor para o efeito.

Como era reconfortante, depois de jantar, podermos estabelecer QSO's construtivos com pessoas civilizadas, sem sermos incomodados por «jagunços», delinquentes, ou marginais. Como era bom não termos vergonha de sermos cebeístas.
Como nos sentíamos seguros nas nossas intenções...
Como, hoje, a nostalgia nos enche...

Luís Forra
Estação CB "Dakota Bravo"
Abril de 2002

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